Terminou sem acordo a reunião entre caminhoneiros e governo para tratar da tabela mínima de fretes. Aos gritos de "O Brasil vai parar", os caminhoneiros se retiraram do auditório da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), ontem à tarde, onde se reuniram com os ministros Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral da Presidência da República, e Antonio Carlos Rodrigues, dos Transportes. Os líderes prometeram retomar a greve nas Rodovias em todo o país a partir de hoje. Em fevereiro e março, eles bloquearam as estradas de vários estados do país, principalmente nas regiões Sul e Sudeste.
Os caminhoneiros reivindicam uma tabela mínima de frete, que o governo chama de impositiva. Ela determina o valor mínimo da carga que valerá em todo o país. Já a proposta do governo é de uma tabela referencial. Neste caso, o valor da carga seria negociado entre os caminhoneiros e os embarcadores.
O representante dos caminhoneiros autônomos da Região Centro-Oeste, Gilson Baitaca, disse que a tabela do frete mínimo levou em conta vários índices, e os valores variam de acordo com a carga e a distância percorrida.